1) A transferência de votos de Lula para Haddad ainda está em curso; o petista provavelmente subirá mais nos próximos dias;
2) Ciro não tem meios políticos de reverter esse processo. Ao contrário. Pode vir a ceder votos a Haddad;
3) Alckmin não tem mais chances. Sua estratégia, a partir de agora, é relevante na medida em que pode machucar Haddad ou Bolsonaro. Depende dos ataques que escolher desferir no programa eleitoral;
4) A eleição confirma-se, no terreno da percepção, como plebiscito entre PT x anti-PT, Lula x anti-Lula, pró-Lava Jato x anti-Lava Jato; e
5) Salvo um fato extraordinário, Bolsonaro e Haddad estão no segundo turno. Quem leva vantagem? Ainda é cedo para saber. É preciso observar em que estado as duas candidaturas – e os dois candidatos – chegarão lá.
O bolsonarismo conseguiu o que queria. E o petismo também. Este, não apenas enfrentar no segundo turno o Bolsonaro, mas lançar o País no caos (não se chega ao socialismo sem destruição, não é mesmo?).