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A ascensão inevitável de Bolsonaro

A tendência do momento: Bolsonaro, que já detinha grandes chances de estar no segundo turno, aumentou substancialmente sua força eleitoral. Após o atentado, terá que errar muito para não fazer campanha em outubro – e Alckmin terá que acertar na mesma proporção dos equívocos estratégicos de Bolsonaro, caso eles sobrevenham.

Embora analistas detenham-se à alta rejeição de Bolsonaro, poucos se atentaram ao número de brasileiros que votariam no candidato, no caso de um segundo turno. Cerca de 10% dos eleitores poderiam ir de Bolsonaro, a depender do cenário. Se podem ir de Bolsonaro no segundo turno, podem ser convencidos a votar nele ainda no primeiro.

A alta rejeição de Bolsonaro, por sua vez, pode diminuir, em virtude da solidariedade pelo atentado. Os principais vetores da eleição, portanto, são favoráveis a Bolsonaro – ao menos neste momento. O inverso vale, consequentemente, para Geraldo Alckmin. Que tem, à sua frente e com escasso tempo, uma missão dificílima.

 

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